Rui Portugal, o ex-subdiretor-geral da Saúde, que se demitiu em maio, é candidato ao cargo de diretor-geral de Saúde. Já terminou o prazo para a apresentação de currículos à CReSAP para suceder a Graça Freitas na Direção- Geral da Saúde. André Peralta Santos e Carla Araújo são outros dois candidatos já conhecidos.
Corpo do artigo
Rui Portugal confirmou ao JN que submeteu a sua candidatura à Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP). Além do ex-subdiretor-geral da Saúde, que tinha sido nomeado em agosto de 2022 e deixou o lugar vago no mês passado, estão também na corrida ao cargo André Peralta Santos, atual subdiretor-geral de Saúde, e Carla Araújo, especialista em Medicina Interna que integrou o gabinete de crise da Ordem dos Médicos para a covid-19.
Médica no Hospital de Beatriz Ângelo, Carla Araújo afirmou numa mensagem a confirmar a candidatura, citada pela Sic Notícias, que pretende "valorizar o legado de quem construiu a DGS".
Por ora, desconhece-se se haverá mais interessados no cargo. O JN questionou a CReSAP sobre quantas candidaturas foram apresentadas, mas a instituições invocou o dever de sigilo a que está legalmente sujeita para não responder. "O dever de sigilo comporta, designadamente, a obrigação de não divulgação pública dos factos, circunstâncias e critérios do júri, bem como da identidade dos candidatos até à decisão final de designação", refere a CReSAP.
Gustavo Tato Borges, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, chegou a mostrar-se disponível para avançar com uma candidatura, mas acabou por não o fazer por razões pessoais.
"Fiz um período de reflexão face ao momento que a DGS enfrentava e à necessidade de ter alguém da saúde pública no cargo. Mas por razões familiares, não avancei", afirmou ao JN Gustavo Tato Borges.
"Sei que mais colegas meus se candidataram, mais dos serviços e menos mediáticos. Espero que haja um número de candidatos suficientes para que não seja necessária uma repetição do concurso", frisou.
O anúncio de abertura do concurso para diretor-geral da Saúde foi publicado em Diário da República a 2 de junho, dias depois de Rui Portugal se ter demitido de subdiretor-geral da Saúde. O médico estava então a substituir a diretora-geral da Saúde durante as férias, seis meses depois de Graça Freitas ter anunciado publicamente que pretendia deixar o cargo. Rui Portugal nunca revelou quais as razões para ter abandonado o cargo.
A 5 de junho, o médico de saúde pública André Peralta Santos foi nomeado subdiretor-geral da Saúde, em regime de substituição. O ministro da Saúde considerou então que André Peralta Santos iria contribuir para que a DGS continue a realizar o que nunca deixou de fazer, garantir à população "segurança e qualidade" dos cuidados de saúde.
Manuel Pizarro desejou que o concurso esteja concluído "o mais rapidamente possível", mas ressalvou que os "'timings' próprios" da CReSAP têm que ser respeitados
Segundo a CReSAP, o concurso esteve aberto pelo prazo de dez dias úteis a contar da publicitação no seu sítio eletrónico do procedimento concursal.