O presidente da República insistiu, esta sexta-feira, no fim de uma visita a vários projetos apoiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que a execução destes fundos é "uma corrida contra o relógio. Há um prazo, que termina no final de 2026. Pode ser que haja prolongamento ou não, depende da Comissão Europeia, mas não devemos contar com isso".
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Marcelo Rebelo de Sousa falava em Mangualde, onde, na companhia do primeiro-ministro, António Costa, visitou as instalações da Stellantis. A empresa anunciou que vai começar a produzir veículos comerciais elétricos na fábrica de Mangualde já a partir de 2025, sendo a primeira em Portugal a produzir veículos elétricos a bateria. E é, para Marcelo, um "exemplo de estar à frente" no futuro.
Os fundos, explicou o presidente da República em seguida, visam "apoiar agendas mobilizadoras de futuro" como esta, mas também, "acelerar a resolução dos problemas sociais de quem ficou para trás".
"Não é possível fazer todo ao mesmo tempo, ao mesmo ritmo e da mesma forma, mas fazer o máximo possível nestas duas frentes", acrescentou, insistindo que a "ideia" presente ao longo de toda a visita foi a de que "o tempo é limitado. Vamos cumprir os prazos, vamos acelerar o que se puder acelerar".
O primeiro-ministro assegurou que" até agora temos estado a cumprir". "Temos boas razões para confiar que cada meta e cada marco vão sendo cumpridos. Todos sabemos que há um cronómetro que está a contar e que os projetos do PRR têm de estar concluídos até 31 de dezembro de 2026, que é quase já depois de amanhã, por isso temos de manter este ritmo", disse.
Portugal, acrescentou António Costa, "é o 5.º país que está mais avançado dos 27 [da União europeia] na execução" do PRR.
"Poder transformador"
O programa começou de manhã, na Universidade de Aveiro (UA), onde os governantes foram conhecer projetos na área do 5G e da mobilidade sustentável, desenvolvidos pelos Consórcios de Inovação da Rede Nacional de Test Beds - infraestruturas e equipamentos que garantem condições para testar novos produtos e serviços.
Prosseguiu depois com visitas às obras do Centro Multivalências da Associação Social Cultural Recreativa e Desportiva de Vinhal, em Tondela, e do Bairro da Cadeia, em Viseu, terminando na Stellantis, em Mangualde.
António Costa considera que estes projetos são uma "pequena amostra do que é o potencial transformador para a economia portuguesa do PRR".