O Exército tem 300 militares em permanência, neste verão, em missões de patrulhamento e vigilância aos fogos florestais, disse, esta terça-feira, em Vila Real, o Chefe do Estado-Maior do Exército.
Corpo do artigo
"Em permanência temos 300 militares em missões de vigilância aos fogos", afirmou o general Eduardo Mendes Ferrão, que falava aos jornalistas em Vila Real, à margem da cerimónia de receção do estandarte nacional de uma força que esteve destacada na Roménia.
Questionado sobre o contributo do Exército para a prevenção e combate aos incêndios, nesta época de verão e de risco mais elevado, o responsável especificou que esta força militar faz patrulhas de vigilância no âmbito de protocolos celebrados com 11 municípios.
Os militares asseguram ainda a vigilância em áreas protegidas, em sequência de um outro protocolo celebrado com o Instituo de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
Depois, acrescentou, podem ser realizadas "patrulhas adicionais" quando solicitadas pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) ou pela GNR.
"Adicionalmente temos unidades para fazer rescaldo pós-incêndio também. São seis unidade escalão pelotão e depois temos uma série de módulos de emergência que o Exército prepara, desde módulo psicológico, máquinas de engenharia ou apoio sanitário", referiu.
Todas as intervenções estão enquadradas no Plano de Apoio Militar de Emergência do Exército.
Nesta fase de maior risco de incêndio, estão afetos ao Dispositivo Especial de Combate aos Fogos Rurais (DECIR), coordenado pela ANEPC, um total de 13.891 elementos provenientes de diferentes entidades, entre outros, os bombeiros, Forças de Segurança e Forças Armadas.
Este número representa um crescimento de 7,5 % face ao mesmo período de 2022, e de 42 % face ao ano de 2017.
Estes elementos estarão repartidos por 3.084 equipas, apoiadas por 2.990 veículos.
A fase de maior empenhamento do DECIR começou no dia 1 de julho e prolonga-se até 30 de setembro
Exército enaltece missão na Roménia e anuncia novo aprontamento em Vila Real
O Chefe do Estado-Maior do Exército destacou hoje a "qualidade do desempenho" dos 211 militares que cumpriram missão na Roménia e anunciou que o aprontamento da próxima força a destacar para aquele país decorrerá em Vila Real.
"Militares da 2.ª Força Nacional Destacada haveis marcado presença importante e dissuasora na Roménia, país amigo e aliado, no contexto da atual crise de segurança que persiste no flanco Leste da Europa. É desta forma que, através das suas Forças Armadas, Portugal mantém o seu contributo para reforço da coesão e da natureza identitária da Aliança Atlântica, salvaguardando a solidariedade e os interesses coletivos que lhe são inerentes", afirmou o general Eduardo Mendes Ferrão.
Será também no RI13 que, segundo disse o responsável aos jornalistas, irá iniciar-se "em breve" o aprontamento da próxima força, com cerca de 220 militares dos três ramos das Forças Armadas, que será projetada para aquele teatro de operações.
Eduardo Mendes Ferrão fez questão de destacar a "elevada qualidade do desempenho" dos militares portugueses na Roménia.
Durante cerca de sete meses, estes 211 militares (186 masculinos e 25 femininos), na sua maioria do Exército, mas também reforçados por quatro elementos da Marinha Portuguesa e um militar da Força Aérea Portuguesa, participaram em 12 grandes exercícios, em diferentes áreas de treino, com exércitos de outros países da NATO, como os Estados Unidos da América (EUA), Roménia, França, Polónia e Macedónia do Norte.
Participaram ainda em sessões de tiro conjuntas, atividades de treino relativamente a tarefas críticas, eventos desportivos e também distribuíram bens alimentares a famílias carenciadas.
O que, para o Chefe do Estado-Maior do Exército, "reflete bem o espírito altruísta e inclusivo do povo" português.
"Agora, que assistimos ao regresso desta Força, de forma tranquila e segura, devemos todos sentir orgulho, seguros do dever cumprido no sentido de que o sucesso, seja ele individual ou coletivo, é o sucesso de todos, em linha com o espírito de pertença e de coesão interna do Exército", salientou o responsável.
A 2.ª Força Nacional Destacada foi projetada para a Roménia a fim de reforçar, no âmbito da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e de acordos bilaterais com aquele país, a presença de forças na parte oriental da Aliança e contribuir para a postura de dissuasão e defesa territorial desta organização.
Os militares ficaram aquartelados nas instalações militares de Caracal, no Sul da Roménia.