O ministro da Agricultura e Pescas anunciou, esta segunda-feira, que vão ser abertas candidaturas a apoios por parte das explorações com animais afetados pela Doença Hemorrágica Epizoótica, que afeta os ruminantes, a partir de 30% do efetivo com a doença.
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"Em termos europeus, há um critério, que pode não ser o mais justo, mas nós podemos apoiar quando há um prejuízo superior a 30% numa exploração ou, por exemplo, havendo uma calamidade. Neste caso concreto e na Língua Azul [doença], temos preparado para aquelas explorações que têm mais de 30%”, explicou José Manuel Fernandes, no final uma reunião com a Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes, que teve lugar em Vimioso. Segundo o ministro, será lançado o aviso para ajudas "à reposição do potencial produtivo".
“É uma calamidade, também podemos dar este ano o apoio ao rendimento. Outra solução são auxílios do Estado que têm de ser contabilizados com os apoios que as pessoas já recebem. É uma medida mais complicada do que as outras”, acrescentou José Manuel Fernandes.
O titular da pasta da Agricultura admitiu, no entanto, que Portugal não produz vacinas para a doença hemorrágica. “Em termos europeus, tem-se insistido para termos investigação à escala da União Europeia para doenças que existem e outras que surgem fruto das alterações climáticas", ressalvou. José Manuel Fernandes.
“É importante que, depois, haja produção de vacinas. É necessário, que em termos da União Europeia, não fiquem só países com capacidades industriais para fabricar as vacinas ou medicamentos, que sejam eficazes e a preços acessíveis”, acrescentou o ministro. Os concelhos de Vinhais e de Bragança no ano passado foram dos que tiveram mais casos de animais infetados com doença hemorrágica.