Fábrica de Guimarães aposta na imigração e na formação para resolver falta de profissionais
Na Têxteis JF Almeida (JFA), indústria de Guimarães com cerca de 850 trabalhadores, a comunidade imigrante representa 10% da força de trabalho e ajuda a colmatar a falta de mão de obra. Pioneira na sustentabilidade, a empresa está em constante transformação.
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O que começou por ser uma simples viagem de férias transformou-se, em menos de 24 horas, numa mudança de vida. “Foi literalmente assim: cheguei num dia e no outro já estava a trabalhar”, recorda Vilmar Júnior, brasileiro de Santa Catarina, que há dois anos aterrou em Lisboa com a mulher para conhecer a Europa. Um sonho adiado e reconvertido em emprego com casa paga em Guimarães.
Com 25 anos, o serralheiro faz parte dos 10% de imigrantes que trabalham na JFA, têxtil que recorreu a um recrutamento internacional, há cerca de três anos, para angariar mão de obra. Foi através de um amigo contratado desta forma que Júnior entrou na empresa e, desde que chegou, cobre falhas em vários setores. A comunidade brasileira é a mais representativa, mais há também trabalhadores de Marrocos, Cazaquistão, Venezuela ou Colômbia. "Praticamente 10% dos nossos trabalhadores são estrangeiros. Ajudam imenso porque é muito difícil arranjar portugueses para trabalhar", aponta Maria Miguel Martins, diretora de recursos humanos.