As religiões recusam a guerra e recusam ser usadas em nome da guerra. É o apelo do encontro internacional organizado pela Comunidade de Sant'Egídio, em Cracóvia, na Polónia.
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Participaram líderes religiosos e chefes de Estado para reflectir sobre "Religiões e culturas em diálogo" e o seu contributo para a paz. Foi dito claramente: "Falar de guerra em nome de Deus é uma blasfémia. Nenhuma guerra é santa. A Humanidade sai sempre derrotada pela violência e pelo terror". Foi afirmado que o "diálogo contraria o medo e a desconfiança", sendo esta a grande "alternativa à guerra". Sublinhou-se que o diálogo "não enfraquece a identidade mas faz redescobrir o melhor de si e do outro. Nada se perde com o diálogo. O diálogo escreve a melhor história, enquanto o conflito abre abismos". Os participantes comprometeram-se a construir "com paciência e audácia um novo tempo de diálogo". O último dia do encontro foi reservado para uma visita ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Recorda-se que a II Guerra Mundial provocou o maior genocídio na história da Humanidade, condenando à morte seis milhões de pessoas. "À beira do abismo do Holocausto, no local onde milhões de inocentes perderam a vida, onde o lado negro da história veio ao de cima, nós, homens das religiões mundiais, queremos gritar nunca mais", ouviu-se durante a cerimónia.