Falta de formação condiciona a concretização de políticas de inclusividade
É difícil implementar políticas públicas de diversidade e inclusão social, apesar de existir em Portugal uma legislação consolidada nestas garantias. A resistência é uma questão cultural, mas também é sinal da falta de formação nestas áreas, alertam dirigentes da Administração Pública.
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O alerta foi feito esta terça-feira por dirigentes da Administração Pública, no último dia da DEI Summit, que temem que os avanços alcançados ao longo de décadas sejam postos em causa com o crescimento dos discursos de ódio, em especial nas redes sociais.
A presidente da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), uma das oradoras do painel, reconheceu que “não é fácil garantir uma diversidade na Administração Pública” de pessoas racializadas e portadoras de deficiência, apelando ao reforço de políticas que reforcem a formação. Sandra Ribeiro justificou que nem sempre as medidas são “verdadeiramente interiorizadas” por quem as cria e quem as aplica. “Temos de conseguir fazer mais”, advertiu.