Desde o início do ano que é obrigatório recolher roupa usada, mas os desafios continuam por superar. Empresas e municípios apelam à responsabilidade alargada do produtor e à criação de uma entidade gestora. Governo admite atribuir verbas às autarquias.
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Desde a entrada em vigor, a 1 de janeiro, da obrigatoriedade de os municípios recolherem roupa e calçado usados, têm sido mais os problemas do que as soluções. Se, por um lado, muitas autarquias ainda não estão preparadas para assumir este novo fluxo, em parte pela falta de financiamento, as empresas que já operam no mercado falam num “pré-colapso”, devido à quantidade de têxteis existentes e à falta da responsabilidade alargada do produtor (RAP), que só deverá vigorar em 2027. O Governo admite atribuir verbas aos municípios nos próximos dois anos.
Consequência da nova regra, imposta pela União Europeia, a Wippytex, que recolhe têxteis usados desde 2008, assistiu, no ano passado, a uma maior procura. A empresa com sede em Gondomar prepara-se para aumentar o leque de municípios parceiros, que atualmente são 30, e duplicar os ecopontos nas ruas, de 700 para 1500. “Durante 2024 fomos contactados por novos municípios e também por aqueles onde já estamos para reforçar o parque de equipamentos”, confirma o diretor da Wippytex.