O Infarmed alertou que não existem provas que apoiem a utilização da ivermectina, um antiparasitário usado no tratamento da escabiose (sarna) e da pediculose (piolhos), na profilaxia e tratamento da covid-19.
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Numa nota divulgada no site, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde lembra que têm vindo a ser publicados vários estudos que analisam o potencial recurso à ivermectina no contexto da covid-19, mas que há ainda dúvidas quanto à dose adequada e à segurança.
O Infarmed diz que analisou os artigos e publicações disponíveis e avisa que, à data, "dadas as limitações metodológicas nos ensaios em que a ivermectina foi utilizada e as dúvidas quanto à dose adequada e sua segurança no âmbito da infeção causada pelo SARS-CoV-2, não existem evidências que apoiem a utilização deste medicamento na profilaxia e tratamento da covid-19".
Os medicamentos contendo ivermectina atuam como antiparasitários no tratamento da filariose, estrongiloidose e escabiose, e profilaxia da recidiva da estrongiloidíase (infeção intestinal) e na escabiose persistente ou escabiose.
Embora a terapêutica não esteja aprovada nem seja recomendada contra a nova infeção por nenhuma autoridade de saúde, há médicos portugueses que estarão a tomar e a receitar contra a covid-19 este antiparasitário , avançou o jornal "Expresso" na semana passada. Serão já centenas de doentes tratados com a ivermectina.