No Porto e em Aveiro, não foram aprovados pedidos dos estabelecimentos privados para integrar programa Creche Feliz nem autorizada a criação de mais lugares nas salas. Pais impedidos de aceder à gratuitidade.
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Na véspera de muitos pais regressarem ao trabalho e do início do ano letivo, ainda há creches privadas que não têm aprovados os pedidos para integrar o programa Creche Feliz, impossibilitando as famílias de requererem a frequência gratuita. A situação é dramática no Porto e em Aveiro, onde ainda não foi aprovado qualquer processo dos estabelecimentos particulares para integrar o programa. Nestes distritos, também não foi dada resposta aos pedidos para aumentar a capacidade das creches, numa altura em que 200 estabelecimentos privados de todo o país já manifestaram o interesse em criar mais salas. As vagas estão praticamente preenchidas no setor social.
É um país a duas velocidades. Contrariamente à generalidade dos distritos - incluindo Lisboa -, no Porto e em Aveiro, ainda não foi aprovado um único termo de adesão àquele programa. Essa situação impede a atribuição dos códigos das creches às famílias, para que possam formalizar o pedido de gratuitidade da mensalidade, junto da Segurança Social. No Algarve, apenas foi aprovado um processo. A denúncia é de Susana Batista, presidente da Associação de Creches e Pequenos Estabelecimentos do Ensino Particular.