O Plano de Poupança de Energia estabelece que até 2030 deve ser feita uma redução de 11,7% do consumo energético pelos Estados-membros. Portugal, nos últimos dois anos, deu grandes avanços, tendo já ultrapassado os objetivos. Famílias e empresas conseguiram cortar mais de 22% do consumo.
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Portugal ultrapassou as metas europeias de poupança de energia estabelecidas para 2030. O Plano de Poupança de Energia (PPE) foi aprovado em 2022 e estabelece objetivos obrigatórios anuais, de forma a atingir a redução de 11,7% do consumo energético.
Entre agosto de 2022 e março deste ano, Portugal registou 150% de execução da medida de redução do gás natural. Nesse período foi conseguida uma redução de 22,6%. A meta voluntária de redução estava estabelecida nos 15%.
O PPE surgiu para combater a crise e as perturbações no mercado provocadas pela guerra entre a Ucrânia e a Rússia, mas também para reduzir a dependência europeia de gás natural. É objetivo da União Europeia conseguir alguma estabilidade para o sistema energético.
Verificou-se ainda que Portugal é o único país que reporta regularmente a informação e de forma transparente, tendo criado para esse efeito uma Comissão de Acompanhamento no início de 2023. Além das reuniões de comissão, foram realizadas campanhas e foi feita a monitorização do plano.
Segundo o 19.º relatório de progresso, desde setembro de 2022, Portugal efetuou 90 ações de formação, que chegaram a mais de mil pessoas, e 249 ações de sensibilização que ultrapassaram os 2 milhões.
Os resultados do PPE traduzem-se em medidas locais, regionais e nacionais, com enfoque na iluminação, climatização, redução do desperdício de água e reforço da eficiência hídrica, produção local de eletricidade e ações de sensibilização. Ficou acordado que o investimento deve ser maior no setor público, pelo que 3% dos edifícios públicos, todos os anos, têm de reduzir as necessidades de energia até serem praticamente nulas.