Famílias em risco devem ser sinalizadas para evitar que caiam nas ruas
Nova estratégia para pessoas sem-abrigo deve reforçar prevenção, apela Comunidade Vida e Paz.
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O aumento de casos de pessoas a viver nas ruas ou em condições de extrema precariedade tornou este ano mais desafiante para instituições como a Comunidade Vida e Paz (CVP), que vê com preocupação a escalada dos custos da habitação, do desemprego e de um sistema de proteção social sem capacidade de resposta. A nova Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo, aprovada há cerca de uma semana, surge como uma oportunidade para enfrentar este desafio. Mas é necessário aplicar medidas concretas em articulação com os planos municipais, alerta Renata Alves, diretora executiva da instituição que acompanha esta população há 35 anos.
A expectativa está “acima de tudo, na prevenção”, tal como a CVP têm vindo a apelar. “O que queremos é que as famílias vulneráveis não percam as suas habitações e que consigam ter condições dignas. Muitas têm crianças e as crianças não podem estar numa situação de rua. Se isso acontece podem ser retiradas. É muito importante que possam ser sinalizadas e acompanhadas de forma a evitar que esta situação aconteça”, defende a responsável.
Por outro lado, uma atuação precoce “junto daquelas pessoas que estão há relativamente pouco tempo na rua pode fazer toda a diferença”.