Em 2023, o número de agregados familiares com três a seis crianças foi o mais elevado da última década. O ano passado também foi aquele onde se registaram mais primeiros descendentes. Só uma família chegou ao décimo filho.
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No país com a maior proporção de famílias com apenas um filho da União Europeia, onde apenas 27,6% das famílias têm crianças, nunca se registaram tantos agregados familiares numerosos na última década. O número de terceiros, quartos, quintos e sextos filhos em 2023 foi o mais elevado desde 2013. Contudo, dos 85.699 bebés nascidos em Portugal no ano passado, mais de 50% foram primeiros descendentes. Só uma mãe, de 41 anos, chegou ao décimo filho. Foi um menino e nasceu no concelho de Loulé.
Comparando os valores dos dois anos, apurados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), conclui-se que a maior subida foi registada no quinto filho, com um aumento de 41%. Pela primeira vez em dez anos, o número ultrapassou a barreira dos 700. Ainda que 2022 tenha sido o ano com mais nascimentos de sétimos filhos, com 74, um bebé a mais do que em 2023, o crescimento entre 2013 e o ano passado também ascendeu os 40%. Em 2015, 2019 e 2021 foi quando se registaram mais oitavos filhos, com 26 famílias nesta condição, e 2013 foi o ano com mais décimos filhos, em 12 agregados familiares.