Fatura de eletricidade seria 130 euros mais cara por mês sem renováveis
Capacidade instalada em Portugal cresceu mais de 37% desde 2013. Aumento permitiu a famílias pouparem até 130 euros por mês.
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O peso das fontes renováveis no “mix” de produção de eletricidade em Portugal tem vindo a aumentar na última década, o que levou a que fosse batido um novo recorde recentemente: durante seis dias seguidos, a energia elétrica renovável foi responsável pela totalidade de consumo de eletricidade e até foi superior às necessidades de todo o país. No ano passado, quando os preços da energia dispararam com a guerra na Ucrânia, foram as renováveis que permitiram evitar que a fatura de eletricidade das famílias portuguesas fosse ainda mais pesada.
Durante 149 horas consecutivas, entre o passado dia 31 de outubro e 6 de novembro, foram produzidos 1102 gigawatt hora (GWh) de eletricidade através de renováveis, ultrapassando em 262 GWh o consumo industrial e doméstico para o mesmo período. É um novo máximo face ao registado em 2019, de 131 horas, revelou a Redes Energéticas Nacionais (REN.) Ao JN, o presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), Pedro Amaral Jorge, explica que o resultado foi conseguido devido às “condições atmosféricas que se verificaram, entre vento e chuva naqueles dias”, mas também é fruto de “políticas certas na implementação da capacidade renovável” nas últimas duas décadas, com os investimentos do setor privado, mas também de fundos europeus.