O Tribunal de Contas alertou nesta sexta-feira que existem "situações de faturação potencialmente indevida" na assistência na doença aos militares, particularmente com origem no Hospital das Forças Armadas e em entidades com as quais foram estabelecidos acordos de complementaridade.
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Esta ilegalidade detetada surge no âmbito da auditoria que o Tribunal de Contas fez ao Instituto de Ação Social das Forças Armadas, IP (IASFA), situações que "não haviam sido detetadas" por aquele organismo.
A auditoria vai mais longe e acusa a administração do IASFA de ter "simulado" resultados líquidos mais favoráveis. O Tribunal de Contas refere que "a acumulação de resultados líquidos mais negativos que os reportados, resultaria no agravamento do fundo patrimonial. Ou seja, dos 34 milhões de euros positivos reportados em 2017, passariam a cerca 35 milhões de euros negativos".
"Verifica-se que o procedimento adotado pelo IASFA ocultou resultados mais gravosos e uma situação financeira mais preocupante, no limite prejudicando o processo de financiamento e a obtenção de recursos, sendo que da simulação efetuada "retira-se que, ceteris paribus, o IASFA se encontrava em falência técnica desde 2012".