Sónia Cartaxeiro é designer gráfica, tem uma doença rara. Os seus rins deixaram de funcionar, faz hemodiálise três vezes por semana. Pedro Pina trata da gestão de documentos, sai do trabalho e vai à clínica, a mesma há 24 anos, três dias por semana. Ligados às máquinas pela saúde, ativos por vontade e gosto.
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Às segundas, quartas e sextas-feiras, Sónia Cartaxeiro sai de casa pouco depois das dez da noite, após mais um dia de trabalho e das rotinas habituais, para fazer hemodiálise das 23 horas às cinco da manhã. Os seus rins começaram a falhar quando ainda era criança, esteve na mesa das operações para dois transplantes que não correram como era esperado. A sua história é longa.
Há seis anos que faz hemodiálise no período noturno durante seis horas, ainda consegue dormir uma a duas horas quando chega a casa, antes de ir trabalhar, e acordar ao lado do marido. Costuma pensar e verbalizar por experiência própria: “Temos dois caminhos para atravessar, ou escolhemos aquele em que cedemos à doença ou aquele em que continuamos, em que aproveitamos a vida”. Escolheu o segundo.