A Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) abriu, no início do mês, 1500 vagas para bolsas de doutoramento. Estão previstas 450 bolsas para ambiente não académico e um novo apoio para doutorandos que trabalhem na Administração Pública. As candidaturas arrancam a 18 de março.
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A edição deste ano do concurso para atribuição de bolsas de investigação a estudantes de doutoramento abrange 1050 vagas na linha geral, o mesmo número do que no ano passado. Somam-se mais 450 bolsas para ambiente não académico, mais 50 do que no ano passado. No total, são 1500 vagas para bolsas de doutoramento em 2024. As candidaturas decorrem entre 18 de março e 18 de abril deste ano.
O investimento deste concurso é de 124 milhões de euros: "87 milhões de euros para a linha de candidatura geral e 37 milhões de euros para a linha de candidatura em ambiente não académico", esclarece a FCT, em comunicado enviado esta segunda-feira às redações. Neste momento, há 7300 bolsas de doutoramento financiadas pela FCT, sendo que 1300 "decorrem em ambiente não académico", precisa a mesma nota.
Trata-se do terceiro ano em que o concurso das bolsas de doutoramento tem uma linha para ambiente não académico, em diversos locais como "empresas, laboratórios colaborativos, centros de tecnologia e inovação e outros centros de interface, entidades da administração pública ou entidades do terceiro setor como museus, hospitais, associações de diversas áreas (ambiente, cultura, desporto) e organizações não governamentais". O objetivo é "fortalecer, através da investigação, as ligações entre a academia e os diversos atores sociais e económicos", aponta a FCT.
Também este ano, a FCT vai lançar "um novo instrumento de apoio a doutorandos que exerçam funções numa entidade da administração pública e que desejem dedicar-se à investigação". O tema de investigação terá de ter relevância para a instituição onde o doutorando trabalha. Com esta iniciativa, pretende-se "valorizar e capacitar os profissionais da Administração Pública", esclarece a Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
As entidades da Administração Pública terão de se comprometer com um mínimo de 20% para a investigação dos doutorandos, o chamado "tempo protegido". A informação detalhada sobre o novo instrumento de apoio será conhecida em breve. "O financiamento cobrirá propinas de doutoramento e, para além disso, será atribuído ao doutorando um complemento correspondente à fração equivalente ao tempo protegido do candidato dedicado à investigação, tendo como valor base as bolsas de doutoramento da FCT", esclarecem em comunicado.

