Na reunião suplementar sobre a revisão do regime de formação de professores, a Federação Nacional de Educação pediu esta segunda-feira ao Governo que continue com as negociações e oiça instituições do Ensino Superior e Conselho Nacional de Educação.
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À saída da reunião, Manuel Teodósio começou por dizer que a reunião suplementar tinha servido para o Ministério da Educação voltar a mehorar a proposta inicial. A tutela, de acordo com o vice-secretário-geral da FNE, terá recuado na intenção de os licenciados não profissionalizados (sem mestrado em ensino) serem dispensados de estágio desde que tivessem quatro anos de serviço e entregassem um relatório. Uma lateração que a FNE classifica de positiva mas insuficiente para desbloquear um acordo.
A maior preocupação da Federação é as condições dadas aos professores cooperantes - peça chave no novo regime por serem essenciais no acompanhamento dos estagiários, nas escolas básicas e secundárias, uma vez que os estudantes terão turmas atribuídas e um horário de 12 horas letivas. Inicialmente o ME propôs para esses docentes uma redução máxima de quatro horas letivas, agora propõe seis. Para a FNE, o limiar mínimo devem ser 12 horas letivas de redução para acompanharem quatro estagiários.
"Num limite absurdo, sem condições atrativas, não há nenhuma salvaguarda de estarem garantidos professores cooperantes" e isso significa que fica em risco a profissionalização dos novos candidatos à docência a partir do próximo ano letivo.
Além das condições para os cooperantes, há outras dúvidas por esclarecer como limites geográficos onde podem os estudantes ser colocados a cumprir estágio, alerta Manuel Teodósio.
Politécnicos e Escolas Superiores de Educação já criticaram a proposta em cima da mesa e, por isso, a FNE pede para que as negociações conrtinuem e sejam ouvidas tanto as instituições de Ensino Superior que formam professores como o Conselho Nacional de Educação.