Os dirigentes das federações académicas do Porto e de Lisboa acreditam que as medidas de reforço aos apoios sociais, como o alargamento do limiar de elegibilidade e o automatismo na atribuição de bolsas, vão resultar num aumento de estudantes bolseiros. Ainda assim, para se reverter os níveis de abandono, é "fulcral" a execução das residências e o congelamento das propinas, defendem Ana Cabilhas e João Machado, das federações académicas do Porto e de Lisboa.
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"O acesso automático às bolsas trará, nesta fase de candidaturas, maior sensação de segurança para quem tinha receio de concorrer por motivos económicos", acredita Ana Cabilhas. Uma medida que a presidente da FAP classifica de "positiva", pois aumentará o número de estudantes no Superior. No entanto, persiste a preocupação sobre a capacidade de resposta dos serviços de ação social para analisarem todos os pedidos.
O reforço do limiar de elegibilidade e das bolsas de mestrado eram reivindicações antigas das associações. A falta de camas em residência continua a ser uma das maiores preocupações e que mais motiva pedidos de ajuda, afiança Ana Cabilhas, que pede a rápida execução das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência.
João Machado, presidente da FAL, sublinha que seria fundamental manter-se a tendência de redução das propinas de licenciatura e o congelamento das propinas de mestrado e de doutoramento, enquanto não se aprovarem os limites máximos.