Há 4500 docentes que vão passar de escalão. Mais de 500 ficam sem vaga.
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A Federação Nacional de Professores (Fenprof) acusa o Ministério da Educação de empurrar para 2024 o pagamento relativo às progressões na carreira. As listas provisórias para o 5.º e 7.º escalões, sujeitos a vagas, foram divulgadas: 4500 professores vão progredir e 519 vão continuar à espera de vaga.
João Costa garantiu, em declarações à Lusa, que “ao longo dos próximos anos, o número de docentes que ficam a aguardar vaga será sempre muito baixa”. Os 519 que não conseguiram vaga (404 estão no 4.º escalão e 115 no 6.º º) é um número “quase dez vezes mais baixo”, graças ao acelerador da carreira, defendeu o ministro.
Pedido de campanha
“Nenhum destes docentes acelerará a sua progressão e todos eles irão perder mais algum tempo de serviço”, insiste a Federação em comunicado.
A Fenprof sublinha que os docentes que vão progredir reuniram todos os requisitos exigidos para mudarem de escalão em 2022, “alguns a partir de janeiro”.
No comunicado, a federação garante que o aumento salarial terá retroativos até “1 de fevereiro de 2023” e não do ano passado. E que como as listas definitivas só devem ser publicadas a 22 de dezembro quando o deviam ter sido até 31 de janeiro, o “Governo remete o pagamento para o ano de 2024, até dois anos depois de os docentes terem reunido os requisitos para a progressão”.
A Fenprof garante que a eliminação das vagas continuará a ser uma reivindicação prioritária que será feita ao próximo governo.