Os alunos devem regressar às escolas a 8 de fevereiro após a suspensão de 15 dias, determinada hoje pelo Governo. Para compensar a interrupção, a pausa do Carnaval desaparece, as férias da Páscoa são encurtadas e o ano letivo termina uma semana mais tarde, explicou esta quinta-feira o ministro da Educação. Os colégios vão ter mesmo de parar, avisou Tiago Brandão Rodrigues.
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Sem "paternalismo ou moralismo", frisou, Tiago Brandão Rodrigues apelou ao cumprimento das regras para o país conseguir travar a pandemia e reduzir a estes 15 dias o afastamento dos alunos das escolas. Por enquanto, sublinhou, ainda há tempo para compensar, mas essa margem não é "ad eternum". Depois deste período, espera, ou todos os alunos regressarão ou os mais velhos podem ter de passar para o ensino à distância.
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"A experiência do ano passado mostra-nos que nada substitui o ensino presencial", insistiu, recusando que a decisão de suspender as atividades em vez de os alunos passarem para ensino à distância se deva ao programa de digitalização das escolas. Já foram distribuídos 100 mil computadores e mais 335 mil foram comprados, frisou, assegurando que a distribuição está a ser feita como previsto, primeiro, pelos alunos abrangidos pela Ação Social Escolar do Secundário, estando já alguns alunos do 3.º ciclo também a receber equipamentos.
Colégios também têm de parar
A "esmagadora maioria" dos colégios, anunciou o diretor da Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), Rodrigo Queirós e Melo, pretendia continuar a dar aulas à distância aos seus alunos. O ministro da Educação já avisou que os colégios não têm o mesmo grau de autonomia de universidades e politécnicos e que a decisão aprovada em conselho de ministros "é clara": "Todas as atividades letivas estão interrompidas".
"Este ziguezagear, não digo oportunismo, mas o espreitar sempre a exceção ou tentar fazer diferente é o que nos tem causado tantos problemas societais", criticou Tiago Brandão Rodrigues.