O ex-diretor executivo do SNS Fernando Araújo acusou o Ministério da Saúde de desaparecer nas crises e nunca assumir responsabilidades, questionando se é na AD que os eleitores querem confiar os destinos do setor.
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Fernando Araújo, cabeça de lista do PS pelo distrito do Porto, discursava num almoço comício em Paços de Ferreira, no distrito do Porto, que reuniu ao início desta tarde quase mil pessoas, à entrada do qual Pedro Nuno Santos foi questionado sobre a nova indisposição de André Ventura.
“Troquei mensagens (…) Desejo as recuperações rápidas, as campanhas são duras, são intensas e nós temos que respeitar isso”, respondeu o líder do PS.
Neste discurso, o candidato pelo Porto disse que, em situações como os dados que revelam o aumento da mortalidade infantil, durante o apagão ou a greve no INEM, se ficou com “uma certeza” é que este Ministério da Saúde “nunca assume responsabilidades”.
“Este é o padrão que o Ministério da Saúde nos tem habituado. Nas crises desaparece, escondem-se, nenhuma assunção de responsabilidades, nada, e, por isso, vos pergunto camaradas: é na AD que querem confiar o destino da vossa saúde?”, questionou Fernando Araújo.
O ex-diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) centrou o seu discurso no setor da saúde e nas criticas à atuação do Governo neste último ano. “Não são governantes, são meros comentadores”, frisou.
“Nada é responsabilidade deste Governo, nada, provavelmente porque nada fizeram. E a fórmula é sempre a mesma, vimos isso no INEM, quando algo acontece, rapidamente atiram as culpas a outros e nada tem a ver com eles”, frisou.
E, acrescentou, na crise mais recente da falha de energia, “do Ministério da Saúde não saiu nenhuma informação, nenhuma orientação, ficaram a assistir e a comentar, tiveram um apagão neles próprios".
Fernando Araújo disse ainda que, no "plano envergonhado que consta no plano eleitoral da AD, bem encoberto para ver se os portugueses não percebem" o objetivo "é claro, destruir a confiança no SNS e com isso forçar os portugueses a aderir a sistemas privados”.
Por isso, para Fernando Araújo, é tempo de optar “entre reforçar o SNS ou assistir à sua destruição”.