Fernando Araújo, cabeça de lista do PS pelo Porto nas últimas legislativas, não vai assumir o cargo de deputado da Assembleia da República. Após a pesada derrota dos socialistas, o médico vai manter-se na ULS de São João e na Faculdade de Medicina do Porto, por ser "a melhor forma de continuar a defender o SNS".
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"Após uma reflexão cuidada e uma ponderação pessoal, entendi que a melhor forma de continuar a defender o Serviço Nacional de Saúde (SNS) seria manter-me na ULS São João e na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, como médico e professor universitário, não assumindo, por isso, o lugar de deputado na Assembleia da República", refere Fernando Araújo, numa nota enviada esta tarde de sexta-feira aos jornalistas.
Nas últimas legislativas, o PS somou uma pesada derrota a nível nacional, tendo eleito o mesmo número de deputados do Chega (58), não sendo ainda conhecidos os resultados dos círculos eleitorais da emigração.
Antes da campanha, numa entrevista ao JN/TSF, Fernando Araújo deixou claro que o objetivo era conseguir mais votos que a AD no Porto, ajudando o PS a ser o partido mais votado a nível nacional. " Se não conseguirmos, será uma derrota pessoal, mais do que de Pedro Nuno Santos, será uma derrota minha", afirmou então.
No último domingo, o PS conseguiu 24,04% dos votos no Porto contra 34,22% da AD, elegendo 11 deputados, menos dois do que nas eleições anteriores.
Na nota à Comunicação Social, Fernando Araújo agradece a Pedro Nuno Santos a confiança e a abertura do PS no convite para liderar a lista de candidatos a deputados pelo distrito do Porto. Agradeceu também à equipa, aos autarcas, militantes, simpatizantes e deixou "um profundo agradecimento" a todos os que votaram nele.
"Levo uma experiência única e o orgulho de ter participado nesta caminhada democrática, com a certeza de que continuarei a lutar onde sinto que o meu contributo possa ser mais útil, por um SNS de qualidade", declara.
E conclui frisando que acredita "num SNS com os melhores profissionais de saúde, motivados, com um projeto de vida, e que seja acessível a todos os portugueses, independentemente da condição económica ou estatuto social, orientado exclusivamente pelas suas necessidades clínicas".