Uma articulação entre as diferentes unidades hospitalares, a interação com o CODU/INEM e o SNS 24 e a coordenação integrada das decisões pela Direção-Executiva do SNS foram algumas das decisões consensualizadas ao longo deste sábado, na reunião com vista a ultrapassar a crise que se vive nas urgências.
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Em comunicado, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) confirma que reuniu, ao longo do dia de hoje, com mais de 150 profissionais das várias especialidades e administradores de 40 instituições hospitalares da Região Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve e com o INEM, com o intuito de reforçar a articulação entre as instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS), minimizar os constrangimentos no acesso às urgências e assegurar "uma resposta em rede às situações urgentes e emergentes, em todo o território nacional".
Apesar de a DE-SNS não concretizar, esta solução "em rede" pode ser semelhante à que foi adotada para garantir a rotatividade das urgências de ginecologia e obstetrícia durante o verão.
Recorde-se que vários hospitais pelo país têm neste momento os serviços de urgência encerrados ou fortemente condicionados devido à dificuldade em preencher as escalas, dada a recusa de, pelo menos, dois mil médicos em fazerem mais horas extraordinárias do que as 150 horas obrigatórias por lei.
Encontradas "soluções consistentes"
Durante as discussões com os hospitais foram debatidas "as dificuldades em áreas geográficas específicas" e "elencadas respostas, nas especialidades com mais dificuldades", refere Direção-Executiva, assegurando que foram encontradas "soluções consistente para garantir equidade no acesso [aos serviços de urgências], em todo o país", pode ler-se na nota.
A articulação entre as diferentes unidades hospitalares, a interação com o CODU/INEM e o SNS 24, a coordenação integrada das decisões pela DE-SNS, a transmissão da informação de forma adequada, as decisões técnicas harmonizadas e alinhadas entre todos os envolvidos, foram algumas das dimensões consensualizadas ao longo do dia, com vista a garantir segurança, previsibilidade e equidade para os utentes. Embora a DE-SNS não concetrize como é que serão aplicadas nem quando.
"Neste contexto, compete à DE-SNS a missão de coordenar a resposta assistencial do SNS, assegurando o seu funcionamento em rede, a melhoria contínua do acesso a cuidados de saúde, a participação dos utentes e o alinhamento da governação clínica e de saúde. Tal desiderato apenas é possível quando assegurada a estreita articulação entre as lideranças e as equipas clínicas das diferentes instituições do SNS, garantindo o acesso universal a cuidados de saúde, com humanização e qualidade", escreve a Direcção-Executiva.