Muitas pessoas ainda não sabem que sem marcação não são atendidas e todos os dias há quem fique à porta depois de ter percorrido longas distâncias.
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Por todo o país, os balcões da Autoridade Tributária só estão a atender por marcação, com base numa norma que existe desde 2014, mas que só começou a ser implementada no período da pandemia. A Ordem dos Advogados (OA) entende que há “uma clara violação da lei, que resulta da falta de meios e recursos humanos nos serviços, e que compete ao Ministério das Finanças solucionar”. Os contabilistas queixam-se da impossibilidade de resolver questões complexas através do atendimento online e da morosidade nas marcações.
Junto às repartições, ouvem-se protestos de quem é surpreendido pela porta fechada. Sónia Abreu trabalha no terminal de autocarros, em Guimarães, aproveitou a hora de almoço para tratar de um assunto no serviço de Finanças, mas foi surpreendida pela porta fechada e pela informação de que só há atendimentos por marcação. Já Maria de Lourdes Santos vem de longe e chega do banco, onde verificou que teve uma penhora na reforma. “Ficaram-me com a pensão. No banco, disseram-me que foram as Finanças, por isso, têm que me atender”, protesta.