O presidente da Associação dos Centros de Responsabilidade Integrada acusa Governo de ter deixado encerrado uma linha europeia que poderia pagar o rastreio do cancro do pulmão. Ministério da Saúde garante que o lançamento do projeto-piloto não está preso por constrangimentos financeiros.
Corpo do artigo
O atraso no lançamento dos novos rastreios do cancro, anunciados em 2022, continua a dar que falar. O presidente da Associação dos Centros de Responsabilidade Integrados acusa o Governo de ter desperdiçado o financiamento europeu para avançar com os rastreios do cancro do pulmão. O Ministério da Saúde garante que o avanço dos projetos-piloto não depende de constrangimentos financeiros, mas sim da organização e da “definição de normas técnicas adequadas”.
João Varandas Fernandes, presidente da Associação dos Centros de Responsabilidade Integrada (CRI), garantiu, este sábado, que o Executivo deixou encerrar, em 2023, a linha de financiamento europeu que permitiria avançar com o rastreio do cancro do pulmão. “Tivemos conhecimento disso numa reunião que a associação realizou a pedido da associação de rastreio do cancro do pulmão”, declarou à Lusa, lamentando que o “trabalho empenhado de uma equipa de especialistas” não tenha tido consequências. “Não podem desperdiçar-se estas linhas de financiamento europeu”, pois a prevenção permite poupar muito dinheiro.
Ao JN, o Ministério da Saúde garante que o lançamento dos projetos-piloto dos rastreios do cancro do pulmão, gástrico e da próstata não estão presos por “constrangimentos de ordem financeira”. As novas avaliações, recomendadas pela União Europeia "com significativa contribuição de Portugal, dependem da definição de normas técnicas e da criação de condições organizacionais adequadas”. Prevê-se que possam começar este ano. Em causa estão os projetos-piloto dos rastreio do cancro do pulmão em grandes fumadores, da próstata com ressonância magnética e do estômago em cetas comunidades.