"Fogo bom" para prevenir incêndios queimou 16 mil hectares de floresta
Beiras e Serra da Estrela, Tâmega e Sousa e Alto Minho com maior área ardida. AGIF avanca com diagnóstico para aferir participação de mulheres no setor da prevenção e do combate ao fogo. Pela primeira vez em Portugal, realizou-se o evento Women’s Traditional Fire Training Exchange (WTREX), com 45 participantes.
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O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) acompanhou, nos últimos cinco anos, a realização de ações de fogo controlado numa área total de cerca de 16 mil hectares de floresta de Norte a Sul do país (2800 parcelas de terreno), equivalente 15 mil campos de futebol. As queimadas extensivas, também conhecidas pela população rural como “fogo frio”, “fogo bom” ou “fogo gentil”, têm por objetivo diminuir a carga de combustível, como forma de prevenção de incêndios e de gestão de habitats para pastoreio e caça.
As regiões onde a técnica foi mais utilizada desde 2019 foram Beiras e Serra da Estrela (18%), Tâmega e Sousa (17%), Alto Minho (13%) e Alto Tâmega e Barroso (10%), sendo que em Viseu Dão Lafões, Douro e Ave se realizaram 8% das ações. Atualmente, 327 técnicos estão capacitados para aplicar ou acompanhar estas ações. A participação de mulheres, num patamar de igualdade com os homens, neste sector e noutros relacionados com [o bom] uso do fogo, como investigação e trabalho no terreno (com bombeiras e sapadoras) está a ser promovida pela Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF).