Forte reativação em Vila Real, preocupação em Tabuaço e muito vento na Covilhã
O incêndio que lavra na serra do Alvão sofreu uma forte reativação pelas 17.30 horas. Em Tabuaço, o incêndio está longe de estar dominado tendo em conta uma frente ativa que "preocupa bastante". Fogo na Covilhã tem 70% do perímetro consolidado mas "as condições do terreno são muito más". Chamas de Trancoso passaram para Celorico da Beira.
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O incêndio que lavra na serra do Alvão, em Vila Real, e que já estava em fase de resolução, sofreu pelas 17.30 horas uma forte reativação em zona de pinhal e mato de Outeiro.
Este fogo começou no sábado, em Sirarelhos, concelho de Vila Real, serpenteou a serra do Alvão e entrou em fase de resolução por duas vezes, na quarta-feira e esta segunda-feira de madrugada.
De acordo com a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 18 horas estavam ainda mobilizados para esta ocorrência 200 operacionais, apoiados por 99 viaturas e três meios aéreos.
Tabuaço "longe de ser dominado"
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Tabuaço, Filipe Carvalho, diz que este incêndio está longe de estar dominado tendo em conta uma frente ativa que "preocupa bastante".
"O incêndio tem duas frentes, uma está em consolidação e a outra está ativa e a dar-nos bastante trabalho. Preocupa-nos bastante, até pelos difíceis acessos, e está longe de estar dominado", adiantou pelas 16.30 horas o comandante Filipe Carvalho.
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Tabuaço, no norte do distrito de Viseu, acrescentou que, "no momento, não há localidades em risco" e que incêndio lavra "em zona de mato e pinheiro".
Pelas 18 horas, o incêndio mobilizava 220 operacionais apoiados por 68 veículos e dois meios aéreos, segundo a página oficial da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
O alerta foi dado pelas 22.27 horas de domingo, na freguesia de Távora e Pinheiro, no concelho de Tabuaço.
Uma frente ativa na Covilhã
O incêndio que lavra desde a tarde de domingo em Sobral de São Miguel, no concelho da Covilhã, está com uma frente ativa e o restante perímetro consolidado em 70% da área, adiantou o comandante dos Bombeiros da Covilhã, Luís Marques.
Segundo o responsável, essa frente ativa arde em direção a Casal de Santa Teresinha, aldeia no concelho da Covilhã, mas adiantou que continua a não estar qualquer localidade em risco.
Luís Marques disse, em declarações à agência Lusa, que as chamas aumentaram agora de intensidade, devido ao aumento da intensidade do vento, a maior preocupação nas próximas horas.
De acordo com o comandante dos Bombeiros da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, as condições do terreno têm sido outro obstáculo. "As condições do terreno são muito más. Temos declives muito acentuados, é um trabalho muito difícil, feito com maquinaria pesada. Depois, estas sucessivas alterações do rumo do vento também têm dificultado a colocação de meios e o domínio completo do incêndio", salientou Luís Marques.
O fogo começou às 15.02 horas de domingo junto ao Pereiro, anexa da Aldeia do Xisto de Sobral de São Miguel, e tem ardido zona florestal.
Segundo a página na Internet da ANEPC, pelas 18 horas encontravam-se mobilizados para o combate às chamas 439 operacionais, 144 viaturas e sete meios aéreos.
Fogo de Trancoso passa para Celorico da Beira
O fogo que lavra desde sábado no concelho de Trancoso mantém-se ativo com quatro frentes, uma das quais já passou para o concelho de Celorico da Beira, na localidade de Fornotelheiro.
"O combate está a evoluir favoravelmente na frente para Celorico da Beira, que está a ficar resolvida, tal como em Rio de Mel, onde o fogo já tem pouca intensidade, e Valdujo", disse à agência Lusa Carlos Silva, comandante Subregional de Emergência e Proteção Civil do Oeste, que está a comandar as operações.
Segundo o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 18.45 horas estavam envolvidos no combate às chamas 700 operacionais, apoiados por 227 veículos e cinco meios aéreos.
Segundo o oficial, a "maior preocupação" está na frente de Reboleiro. "Neste momento, o fogo está a subir uma encosta e depois há-de descer em direção a Rio de Mel, cuja localidade está na linha das chamas. No entanto, estamos a planear a resposta com meios terrestres para, quando o incêndio estiver próximo, não atingir nenhuma das habitações", acrescentou.
O comandante Carlos Silva referiu que "todos os outros pontos que reativaram durante o dia de hoje, devido às condições meteorológicas, para já estão a ficar resolvidos" graças ao reforço de meios terrestres e aéreos e "ao empenho" dos operacionais.
"Hoje, tivemos aqui vento a soprar dos quatro quadrantes, tanto esteve de norte, como de sul, de oeste e este, mas agora as coisas estão minimamente a correr bem. No entanto, de um momento para o outro começa a soprar o vento e acaba por nos fintar novamente", explicou.