O primeiro-ministro reagiu esta segunda-feira aos incidentes registados este fim de semana no âmbito da final da Liga dos Campeões, no Porto, defendendo que, apesar de não ter decorrido de forma perfeita, 80% dos adeptos vieram em regime de bolha. "É preciso distinguir os adeptos dos restantes turistas".
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Não pode servir de exemplo, tem de servir de lição
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Em declarações aos jornalistas, António Costa começou por explicar que é preciso distinguir a operação preparada a pensar especificamente na final da Champions, que decorreu este sábado no Estádio do Dragão, da restante presença de turistas, britânicos e não só, resultante da abertura de fronteiras.
"A DGS fixou a lotação máxima em 16.500 lugares e estiveram lá 14.110 pessoas", revelou, frisando que, destas, 80% cumpriram todas as regras previamente fixadas pelas autoridades: viajaram em voos charter e tiveram de apresentar testes negativos à covid-19.
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Assim, prosseguiu o chefe de Governo, "o que foi dito não foi falso". "Se correu na perfeição? Não. Mas é preciso distinguir esta operação da atuação dos restantes turistas". "As fronteiras abriram e o Reino Unido cumpre todas as regras para ter as fronteiras abertas", notou.
O primeiro-ministro afirmou até que, comparativamente a outros eventos internacionais, "o que aconteceu este fim de semana em Portugal fica mais marcado pela positiva do que pela negativa". Relativamente à situação dos 20% de adeptos que não se enquadraram no regime de bolha, Costa frisou que "não pode servir de exemplo", mas sim "de lição".
"Não é por haver incumprimento que as regras se tornam ilegítimas", acrescentou, dando como exemplo o que aconteceu nos festejos do Sporting, altura em que "também houve dificuldade em manter a ordem pública". António Costa elogiou, ainda assim, a ação das forças de segurança portuguesas, que "têm uma vasta experiência na gestão destas situações".