As forças de segurança vão estar atentas, nos próximos dias, à possível movimentação de peregrinos em direção a Fátima, numa atitude dissuasora e pedagógica.
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Se for notada uma grande afluência, poderão vir a ser tomadas medidas mais musculadas para evitar a aglomeração de pessoas nas imediações do santuário, onde as celebrações do 12 e 13 de maio irão decorrer à porta fechada e sem a presença de fiéis.
A Comissão Distrital de Proteção Civil de Santarém (CDPCS) tinha pedido medidas de exceção para impedir a concentração de peregrinos na Cova da Iria. O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, entendeu não ser necessário ir mais além do que o que está previsto nas regras do estado de calamidade (o dever cívico de confinamento), mas disse estar atento ao evoluir da situação.
"Caso seja necessário, o ministro disse estar atento e disponível para tomar medidas", adiantou esta sexta-feira ao JN o presidente da CDPCS, Miguel Borges, recordando que, neste momento, "sair de casa e percorrer vários quilómetros, a pé ou de carro, é um comportamento de risco".
Em comunicado, a Proteção Civil de Santarém voltou a pedir à população que este ano não peregrine até Fátima nos dias 12 e 13 de maio, pois não terá acesso ao Santuário de Fátima nem os habituais dispositivos de apoio, tanto na Cova da Iria, como ao longo dos percursos que tradicionalmente são seguidos pelos peregrinos a pé.
No documento é ainda explicado que, nos próximos dias, os operacionais da GNR e PSP "estarão no terreno para esclarecer e informar pedagogicamente os eventuais peregrinos que insistam em fazer-se à estrada e peregrinar até Fátima", aconselhando-os a regressar a casa.