Primeira licenciatura avança em setembro numa parceria entre a CESPU e o ISPUP. Além das unidades de saúde, há carência nas escolas e nas empresas.
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Outubro de 2020. A braços com a pandemia de covid-19, as autoridades de saúde recrutavam centenas de estudantes de enfermagem, médicos internos, militares, psicólogos para darem apoio na realização de inquéritos epidemiológicos e tentarem controlar a transmissão do vírus. A escassez de profissionais de Saúde Pública, de que se falava há anos, ficou exposta como nunca. Para colmatar estas carências e não só, porque o leque de saídas profissionais é abrangente, avança no próximo ano letivo, a primeira licenciatura do país em Saúde Pública.
O curso resulta de uma parceria entre a Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU), que integra o Instituto Universitário de Ciências da Saúde, e o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP). Na Saúde Pública, a casa foi construída pelo telhado e só agora arrancam os alicerces. Em termos de formação, a oferta existente estava limitada a mestrados e doutoramentos, assim como à especialidade médica, não havendo licenciaturas, explica Henrique Barros, presidente do ISPUP.