Por iniciativa de Bento XVI, foi criado o Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, a que preside o arcebispo italiano D. Rino Fisichella. Tem como primeiro objectivo "a reflexão sobre os temas da nova evangelização", promovendo "as formas e os instrumentos adequados para a realizar".
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Estará "ao serviço das Igrejas particulares, especialmente nesses territórios de tradição cristã onde, com maior evidência, se manifesta o fenómeno da secularização". Para isso, o novo organismo tentará "aprofundar o significado teológico e pastoral da nova evangelização", em relação com o magistério pontifício e em colaboração com as conferências episcopais interessadas.
Outro objectivo é "estudar e favorecer a utilização das modernas formas de comunicação como instrumentos para a nova evangelização". E, ainda, "promover o uso do Catecismo da Igreja Católica, como formulação essencial e completa do conteúdo da fé para as pessoas da nossa época".
Na opinião de Bento XVI, "é o Primeiro Mundo que precisa de maneira específica de uma nova evangelização", devido à indiferença, ao secularismo e ao ateísmo. Para o Papa, "a indiferença religiosa e a total insignificância prática de Deus para os problemas graves da vida não são menos preocupantes e relevantes do que o ateísmo declarado". E mesmo a fé cristã, "embora sobreviva nalgumas suas manifestações tradicionais e rituais, tende a estar desenraizada dos momentos mais significativos da existência".
A nova evangelização não pode contentar-se com a manutenção de um vago sentimento religioso que resiste à verdadeira conversão evangélica.