O socialista Francisco Assis reconheceu, este sábado, na Alfândega do Porto, que os recentes casos judiciais que envolvem políticos vão ter “efeitos” nas próximas legislativas. O cabeça de lista no Porto pelo PS recusou ainda assim comentar a demissão de Miguel Albuquerque do Governo regional da Madeira.
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Questionado pelos jornalistas sobre as consequências que as investigações de corrupção na Madeira poderão ter na campanha eleitoral, Francisco Assis admitiu que “questões judiciais envolvendo responsáveis políticos têm sempre implicações políticas”.
“Não conseguimos antecipar qual seja o seu efeito, nem devemos especular sobre isso. Temos que ter a preocupação de procurar reorientar a discussão no sentido do tratamento dos grandes temas nacionais”, afirmou.
Para o socialista é ainda necessário evitar que esses casos “contaminem excessivamente o debate político” e o “combate político”. “Seria um péssimo serviço à nossa vida democrática”, notou.
À margem do fórum socialista, na Alfândega do Porto, Francisco Assis alertou ainda que “estas situações favorecem os discursos extremistas e os discursos populistas. O que é importante salientar é que a democracia distancia-se dos regimes autoritários porque há transparência e estes casos são discutidos. Há um estado de direito e ninguém está acima da lei”, disse.
Recorde-se que Francisco Assis renunciou ao cargo de presidente do Conselho Económico e Social (CES). A decisão, que foi comunicada na quinta-feira ao presidente do parlamento, Augusto Santos Silva, terá efeitos “a partir de 08 de fevereiro de 2024, em virtude de integrar a lista de candidatos à Assembleia da República do PS”.