"Frontalidade", "coragem", "determinação", "decência". Assis enche Pedro Nuno de elogios
O cabeça de lista do PS pelo distrito do Porto, Francisco Assis, fez esta quinta-feira rasgados elogios ao líder do partido. Num almoço-comício, disse esperar fazer "muitas campanhas" com Pedro Nuno Santos como secretário-geral, considerando-o um político "capaz de enfrentar interesses ilegítimos".
Corpo do artigo
No Marco de Canaveses, o primeiro candidato pelo Porto também desvalorizou as sondagens, que têm colocado a AD a vencer as eleições. "Há muito tempo que não perco tempo a olhar para as sondagens", afirmou, argumentando que elas "não servem verdadeiramente para nada" e que "o que conta é o voto".
Francisco Assis admitiu que há atualmente, em Portugal e na Europa, "um certo cansaço democrático" que atinge, sobretudo, os partidos no poder. Assim, considerou que a vitória nas eleições é uma tarefa "difícil e complexa" mas, ao mesmo tempo, "uma missão que está ao nosso alcance", desde que se confirme a "enorme adesão" de toda a Esquerda ao PS e à "fibra" de Pedro Nuno Santos.
Sublinhando não ser "dado ao culto da personalidade", Assis não deixou de utilizar todo o seu discurso para enaltecer o líder do PS. "O Pedro Nuno Santos conseguiu uma coisa que, provavelmente, mais ninguém conseguiria: mobilizar o povo do PS e todo o povo da Esquerda democrática. Essa é a sua primeira grande vitória", vincou.
Pedro Nuno tem capacidade para "enfrentar interesses ilegitimos"
Francisco Assis dedicou-se, de seguida, a elogiar o secretário-geral, pela mão de quem regressa agora à política ativa. Destacou-lhe quatro qualidades que, acredita, farão de Pedro Nuno um primeiro-ministro de sucesso: a sua "enorme frontalidade", a "coragem", a "enorme determinação" e a "extraordinária decência".
A "frontalidade" do líder do PS, vincou Assis, está patente na forma como este "recusa o calculismo" e "fala a verdade", sempre "cara a cara". Esta é, segundo o candidato pelo círculo do Porto, uma característica que ajudará Pedro Nuno a "apresentar soluções" para desenvolver o país.
De seguida, Francisco Assis lembrou a coragem do líder: "Foi sempre leal, mas nunca subserviente. Esteve sempre com o PS mas, por vezes, a sua voz foi incómoda". Trata-se por isso, a seu ver, de um político "livre" e "autónomo", com pensamento próprio e "capaz de enfrentar interesses ilegítimos".
Em terceiro lugar, Assis falou de "determinação", dizendo ver Pedro Nuno como um homem "que não se deixa vencer por nada". Procurando mitigar o impacto dos casos que levaram à demissão do agora líder do PS quando estava no Governo, o orador sustentou que, embora ele saiba "que há acidentes de percurso", vive sob o lema de que "nunca, nunca devemos desistir".
Por último, Francisco Assis salientou a "enorme, extraordinária decência" de Pedro Nuno Santos: "Nunca o vi, nesta campanha, fazer um ataque indecente fosse a quem fosse" nem "perder a cabeça", justificou. Ao contrário, considerou que os adversários lhe desferiram "todos os ataques imagináveis".
Assis deu ainda conta da "honra extraordinária" que é "voltar à política para estar ao lado de um homem como Pedro Nuno Santos". Sublinhou igualmente que o PS "não esconde o seu passado" - do qual tem "orgulho" - e que os adversários dos socialistas foram os únicos a fazer "o discurso do medo" nesta caminhada até às eleições.
Esta quinta-feira à tarde, a caravana do PS faz a habitual arruada na Rua de Santa Catarina, no Porto, segundo depois para um comício em Aveiro. Na sexta-feira, o último dia de campanha, há a descida do Chiado, em Lisboa, e comício de encerramento em Almada.