
Ruas cortadas na Praia da vitória, ilha Terceira
ANTÓNIO ARAÚJO/LUSA
O furacão "Alex" estava, às 12:00 horas, a 80 quilómetros a sul da Terceira. Uma hora depois, estava a cerca de 20 quilómetros, sobre o mar, e a dirigir-se para norte. "As próximas horas serão as mais críticas", alerta o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Pouco depois das 13.00 horas, o furacão "Alex" estava a 20/30 quilómetros a leste da ilha Terceira, sobre o mar, e a afastar-se para norte, informou Nuno Moreira, meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em direto na RTP. "As próximas horas serão as mais críticas", alertou.
Carlos Ramalho, da delegação regional do IPMA dos Açores, adiantou à Lusa que nesta ilha do grupo central "é expectável que o vento médio sopre de 100 a 120 quilómetros/hora [km/h] e a rajada seja de 150 a 170 kms/hora".
O meteorologista referiu que "o olho do furacão poderá passar pela Terceira cerca das 13.00 horas (14.00 horas em Portugal continental), sendo que durante a sua passagem pode haver melhoria temporária do tempo, mas depois agrava novamente".
O grupo central compreende ainda as ilhas de São Jorge, Faial, Pico e Graciosa.
"Quanto ao grupo oriental [ilhas de Santa Maria e São Miguel], o vento médio já atingiu os 72 kms/hora, o equivalente a uma tempestade tropical, e as rajadas foram na ordem dos 100 kms/hora", esclareceu.
O furacão "Alex" é o primeiro fenómeno meteorológico desta natureza a acontecer no mês de janeiro em quase 80 anos, de acordo com meteorologistas norte-americanos, motivando a emissão de avisos vermelhos para vento, agitação marítima e chuva para os dois grupos, que vigoram até ao início da tarde.
O aviso vermelho é o mais grave numa escala de quatro e representa uma situação meteorológica de risco extremo.
