O ministro das Infraestruturas, João Galamba, hoje vaiado à chegada à Régua, rejeita a possibilidade de voltar a apresentar a demissão e garante que o que tenciona é "continuar a fazer um bom trabalho" no Governo. No discurso, Marcelo lembrou que, às vezes, na vinha, é preciso "cortar os ramos mortos que atingem a árvore toda".
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"Sinto-me confiante em fazer o meu trabalho e muito contente por finalmente termos trazido a eletrificação da linha do Douro, projeto que foi aprovado há poucas semanas", disse João Galamba, à RTP, no final da cerimónia das comemorações do 10 de Junho, rejeitando a possibilidade de voltar a apresentar o pedido de demissão ao primeiro-ministro.
Recorde-se que, em maio, Galamba chegou a apresentar a demissão na sequência do episódio em torno da recuperação do computador do seu ex-adjunto, e que António Costa rejeitou, apesar da pressão do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que não esconde o seu desagrado com a decisão do chefe do Executivo.
Hoje, embora sem citar o Governo, o presidente da República deixou no discurso uma frase que parece aludir à necessidade de fazer mudanças. Numa alusão às vinhas do Douro, o chefe de Estado lembrou que às vezes é preciso "cortar os ramos mortos que atingem a árvore toda", pedindo ao país que olhe para o Douro como inspiração.
Galamba confiante
"Facilitar a vida ao primeiro-ministro é continuar a fazer um bom trabalho que é o que eu tenciono continuar a fazer", respondeu à RTP, quando questionado sobre os apupos de que foi vítima e se admite voltar a apresentar a demissão.
À chegada à Régua, o ministro das Infraestruturas ouviu apupos e duras palavras dos populares, que gritaram "ganha vergonha", "vai embora" e "vai trabalhar".
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