A Galp vai avançar com uma queixa no tribunal contra os elementos do movimento Climáximo que, esta terça-feira, partiram vidros na sede da empresa, em Lisboa, disse à Lusa fonte da petrolífera.
Corpo do artigo
"A Galp não comenta atos de vandalismo que pela sua natureza criminal deverão ser tratados em sede própria pelos tribunais", refere a empresa, numa reação enviada à agência Lusa.
Fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP disse Lusa que cerca de dez elementos do movimento vandalizaram a fachada da sede da Galp, partindo vidros.
A mesma fonte referiu que o alerta foi dado às 7.14 e que quando as autoridades chegaram ao local já não estava nenhum dos elementos, pelo que ninguém foi identificado, acrescentou a polícia.
Em comunicado, o movimento refere que um grupo de apoiantes do Climáximo estilhaçou os vidros da fachada da nova sede da Galp e pintou a frase "Galp: nem aqui nem em lado nenhum".
O coletivo critica o "negócio assassino da empresa", dias depois da confirmação da descoberta de reservas "equivalentes a 10 mil milhões de barris de petróleo na Namíbia, ou a mais de 100 anos de consumo de petróleo para Portugal".
"É intolerável que, em plena crise climática, empresas como a Galp continuem a ter "carta branca" para perpetuarem o assassínio em massa de pessoas por todo o mundo através da queima incessante de combustíveis fósseis", afirma Inês Teles, porta-voz da ação desencadeada esta terça-feira em Lisboa, citada no comunicado.
E acrescenta: "Quebrar os vidros desta sede é um ato de legítima defesa contra uma empresa colonial e assassina, que afirma ser líder na transição verde, mas continua a inaugurar novos projetos de morte para a extração de combustíveis fósseis em países como Moçambique e a Namíbia".
A Galp Energia anunciou esta terça-feira que obteve um lucro de 337 milhões de euros no primeiro trimestre de 2024, 35% acima dos 250 milhões de euros do período homólogo e que compara com 284 milhões do trimestre anterior.