João Ferreira foi exonerado na véspera de completar um ano na ULS Algarve. No Alto Minho, prazo para Governo demitir sem pagar foi ultrapassado.
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Além de polémicas, as demissões dos conselhos de adminitração das unidades locais de saúde (ULS) em cima dos prazos legais podem sair caras ao SNS. O administrador da ULS do Algarve, João Ferreira, demitido por email na véspera de completar um ano à frente da instituição, já avançou com um pedido de indemnização, equivalente a 12 meses de salários base, pelo tempo de mandato que ficou por cumprir. O pedido feito à ULS do Algarve vai ser reforçado esta semana e se não tiver resposta o gestor avançará com uma ação em tribunal de valor superior. Na ULS do Alto Minho, a recente demissão da administração queimou o prazo, mas ainda não é certo que resulte num pedido de indemnização.
Contactado pelo JN, João Ferreira confirmou que já pediu a indemnização a que entende ter direito e que se não tiver resposta, seguirá pela via judicial, exigindo um valor superior ao Estado. O gestor, que já liderou os hospitais de Gaia e de Braga, considera que houve "interpretação abusiva" e de "má fé" da legislação.