O alargamento do prazo das inscrições para o Global Teacher Prize Portugal permitiu, mais uma vez, alcançar um grande número de professores para participar na edição deste ano. Com candidaturas de 17 distritos, o prémio de 30 mil euros, é conhecido como o "Nobel da Educação Português".
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Depois do prazo ser alargado, a edição deste ano do Global Teacher Prize Portugal (GTPP) conta com 119 candidaturas provenientes de 17 distritos do Continente e Ilhas, sendo que 57% chegam de fora de Lisboa e Porto, "onde, naturalmente, os níveis de concentração de escolas, de alunos e de professores é maior", mas há também um "impacto nas áreas rurais".
Também a auditora PwC Portugal, que é parceira do prémio e responsável pela validação das candidaturas, confirmou que "a esmagadora maioria das candidaturas recebidas por iniciativa de professores ou por via de recomendações" cumprem os requisitos e apenas cinco candidaturas foram consideradas como não válidas.
Há candidaturas de todos os níveis de ensino, com alguma preponderância do "1º Ciclo e do Pré-escolar e 3º Ciclo, mas também boa adesão do 2º Ciclo, do Secundário e do Profissional". O setor Público destaca-se, mas o Privado "também está bem representado com cerca de um terço das candidaturas".
A edição conta ainda com uma forte resposta na Educação de Infância, sendo uma novidade este ano, pois até agora o prémio abrangia apenas educadores do 1º ano até ao 12º ano de escolaridade.
Ultrapassada agora a fase de candidaturas, cabe agora ao júri avaliar as candidaturas, selecionar os finalistas e, posteriormente, eleger o vencedor ou vencedora.
Este prémio é a versão nacional do prémio mundial Global Teacher Prize (GTP), também chamado como Nobel da Educação e está presente em mais de 120 países, com o objetivo de celebrar e reconhecer o papel dos professores em todo o mundo.
Prémio de 30 mil euros
Em Portugal o vencedor recebe um prémio no valor de 30 mil euros, sendo uma parte "destinada a replicar ou amplificar o impacto da solução proposta, e outra parte para uso pessoal do vencedor".
Em 2019 o vencedor foi Rui Correia, professor de História das Caldas da Rainha, no ano seguinte a vencedora foi uma professora do 1º Ciclo de Vila Nova de Gaia, Sónia Moreira, e em 2021 o prémio foi atribuído a Elsa Cerqueira, professora de Filosofia do Ensino Secundário de Amarante.
Ao redor do mundo o GTP tem um prémio no valor de um milhão de dólares e já reconheceu o trabalho de várias professoras e professores.
Em 2015 o prémio foi conquistado por Nancie Atwell, professora de inglês no Estados Unidos da América, em 2016 o prémio foi atribuído a Hanan AL Hroub, professora da Palestina, em 2017 foi para o Canadá, para Maggie Macdonnell, professora de Inuíte (língua dos esquimós).
No ano de 2018 o prémio foi para o Reino Unido, para Andria Zafirakou, que leciona Artes e Têxteis. Em 2019 o professor de ciências no Quénia, Peter Tabichi foi o vencedor, e no ano seguinte o prémio rumou à Índia para as mãos de Ranjitsinh Disale, um professor de Hindi. Já em 2021 o prémio voltou para os Estados Unidos da América, reconhecendo o trabalho de Keishia Thorpe enquanto professora de inglês.