A presença de meio milhão de peregrinos nas celebrações de 12 e 13 de Maio de 2007, um mês depois de ter assumido o Posto de Fátima, deu à GNR a tarimba necessária para agora enfrentar mais uma multidão e a presença de um chefe de Estado.
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"Era expectável que um dia era possível acontecer esta visita", explica o comandante Territorial da GNR de Santarém, Vítor Lucas, lembrando que na ocasião foi coordenada com diversas entidades a ida a um local onde estivesse de visita o Papa. "Íamos tentar ver o que eles faziam de diferente e o que era possível melhorar. Fizemos isso como preparação a médio e longo prazo", frisou, assumindo a "satisfação" que sentiu quando soube que Bento XVI estaria em Portugal este ano.
Reconheceu que teria "um acréscimo de preparação e de trabalho", mas salienta a coincidência de ter no terreno os mesmos comandos da operação, do Destacamento e do Posto, que receberam, em 2007, os cerca de 500 mil peregrinos.
A tratar de "questões de detalhes" desde Janeiro - já que as peregrinações de Maio a Outubro são idênticas - o comandante lembra que "não é só a segurança" que conta numa operação deste género. Segundo Vítor Lucas, "o mais desgastante" foi mesmo o diálogo mantido com os habitantes da cidade que vão sofrer constrangimentos. "Aqui numa rua, o comandante do Posto foi porta-a-porta explicar os condicionamentos" revelou.
Com a chegada de Bento XVI a Fátima, o comandante mostra-se satisfeito por receber o Papa e diz pretender apenas que "tudo corra bem". "Vamos receber bem o peregrino número um, tentando que, de alguma maneira, obviar alguns constrangimentos que essa visita também implica nos peregrinos que são quase sempre os mesmos e que nos merecem todo o respeito".
Vítor Lucas assume "uma satisfação pessoal e profissional enorme" por estar a comandar esta operação e diz que gostava que os seus militares "continuassem a ter orgulho e satisfação naquilo que fazem".