<p>O ex-coordenador do caso Maddie está a montar uma estratégia para que o desaparecimento da menina inglesa seja apreciado num processo paralelo. Para isso, vai apresentar queixa por difamação contra o casal McCann. </p>
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Os pais de Madeleine McCann anunciaram que irão mover procedimentos judiciais contra Gonçalo Amaral. Mas o ex-investigador da Polícia Judiciária (PJ) vai contra-atacar. E tentar provar a tese da morte acidental e envolvimento dos progenitores na ocultação do cadáver.
O JN sabe que, para cumprir esse objectivo, Amaral reuniu já uma equipa de advogados que irão auxiliá-lo num processo a instaurar e defendê-lo nas acções que vierem a ser propostas por Kate e Gerry McCann.
Além de António Cabrita, defensor no processo em que, recentemente, foi condenado por falso testemunho quanto às agressões de Leonor Cipriano, no Algarve, fazem parte do grupo de trabalho os advogados Henrique Pires Teixeira, de Lisboa, e Francisco de Almeida Garrett, do Porto.
De acordo com fonte conhecedora da estratégia de Gonçalo Amaral, está prevista a apresentação, no Ministério Público (MP) de Lisboa, de uma queixa por difamação agravada contra o casal McCann e o seu porta-voz. Em causa estão várias afirmações proferidas nos últimos meses consideradas pelo ex-coordenador como ofensivas da sua honra.
Nesse processo, o ex-investigador vai juntar como prova documental todos os volumes do processo de investigação do desaparecimento de Madeleine McCann e documentos classificados como "inéditos". Vai requerer, também, a inquirição de "testemunhas nunca ouvidas" no caso Maddie, arquivado pelo MP de Portimão em Julho do ano passado.
O ex-coordenador da PJ deverá, ainda, solicitar que, nos processos autónomos, sejam ouvidos peritos, investigadores portugueses e alguns ingleses. O objectivo passa por provar a veracidade ou, pelo menos, a razoabilidade da tese de envolvimento dos pais no desaparecimento da filha, eventualmente já morta, naquele dia 3 de Maio de 2007.