O líder do Partido Popular Monárquico (PPM), Gonçalo da Câmara Pereira afirmou, esta sexta-feira, que não foi convidado para substituir o presidente do PSD, Luís Montenegro, nos debates televisivos. Em entrevista à Rádio Renascença, assume que não tem “tido tempo”, mas garante que vai aparecer na campanha eleitoral.
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Está quebrado o silêncio e desfeitas as dúvidas. O líder do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira - partido que juntamente com o PSD e o CDS-PP integra a Aliança Democrática - esclareceu que não ficou “chocado” quando soube que o presidente do CDS, Nuno Melo, iria substituir Luís Montenegro nos debates com os líderes do Livre e da CDU.
“Acho que é o líder da coligação que tem essa função... de fazer os debates ou nomear alguém para fazer debates”, considerou. E, questionado se foi convidado para participar em algum debate, Gonçalo da Câmara Pereira foi perentório: “Não, não fui. Não fui, mas também nem me preocupo”. Recorde-se que depois de Montenegro ter recusado debater com o PCP e Livre, Pedro Nuno Santos mostrou-se disponível para mais um debate com o PSD, com a condição de Nuno Melo (CDS-PP) e Gonçalo da Câmara Pereira (PPM) participarem.
À Renascença, o líder do PPM ainda desvalorizou a sua ausência na pré-campanha da AD e diz que não tem “tido tempo”. “A campanha ainda não começou. Quando começar logo me verão lá”, afirmou. Recorde-se que na Convenção da AD, no Centro de Congressos do Estoril, em Lisboa, Gonçalo da Câmara Pereira foi o único líder da coligação que também não foi visto no encontro. Ausência que se repetiu esta sexta-feira, na apresentação do programa da Aliança Democrática.
Questionado sobre se se sente marginalizado da AD, o fadista nota que o PPM fez parte “discretamente” da “formação do programa” da coligação. E defende-se: “Nuno Melo também não tem aparecido muito, porque está lá em Bruxelas. Logo se vê”. “O PPM há de ter o seu espaço e o seu tempo para aparecer", acrescentou.
Contudo, Gonçalo da Câmara Pereira fez ainda saber que na Madeira, onde o presidente do Governo Regional se demitiu, o partido concorrerá “sozinho”. “Sempre fomos adversários lá”, disse.