O Governo agravou o problema dos vigilantes que prestam serviços nas instalações do Ministério do Trabalho, que estão em risco de não receberem o subsídio de Natal. Numa tentativa de conciliar as duas empresas que não se entendem sobre quem deve pagar, o Ministério enviou instruções que vão contra o Código do Trabalho.
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A perspetiva dos 365 vigilantes dos centros de emprego e da Segurança Social de receberem o subsídio de Natal já era pouca, há uma semana, quando o JN denunciou o assunto, mas agora é ainda menor.
Na base do problema está a mudança da empresa contratada pelo Ministério para serviços de vigilância. No Norte e em Lisboa, a empresa Powershield saiu a 1 de dezembro, data em que entrou a PSG. Pelo Código do Trabalho, quando há uma transmissão de estabelecimento e a empresa que entra assume os trabalhadores desses postos de vigilância que estavam ao serviço do empregador anterior, é a entidade nova que tem de assegurar a manutenção dos direitos de antiguidade e outros, bem como o pagamento dos subsídios de férias e de Natal.