Governo assina acordos com 89 câmaras após destruição de 34 mil hectares de áreas protegidas
O Governo prepara-se para assinar, na próxima sexta-feira, acordos com 89 municípios para mitigar as consequências ambientais dos incêndios deste verão. O fogo de Aljezur não está ainda contemplado e será alvo de um protocolo mais tarde. Entre 1 de janeiro e 22 de setembro deste ano, cerca de 34 mil hectares de áreas protegidas foram destruídos pelas chamas, com a serra da Estrela e o Douro Internacional a concentrar mais de metade da área ardida.
Corpo do artigo
Esta manhã, no Algarve, a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, adiantou que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) já estão a avançar com os trabalhos mais urgentes. Em causa, estão intervenções de retenção das cinzas nas águas, para evitar contaminação, e outras para prevenir derrocadas, o que é importante realizar antes do início das chuvas.
O ICNF e a APA, acrescentou ainda a ministra, estão a "trabalhar com todas as regiões protegidas que tiveram incêndios" neste verão para assinar "protocolos a três anos", que visam a "recuperação das infraestruturas e da vegetação". Os acordos vão ser celebrados na próxima sexta-feira.
De acordo com dados provisórios do ICNF enviados à Lusa, os cerca de 34 mil hectares correspondem "a 5,6% do total da superfície das áreas protegidas" que foram atingidas por fogos rurais em 2025 e "a 4,4% da área total da Rede Nacional de Áreas Protegidas". As chamas afetaram, particularmente, o Parque Natural da Serra da Estrela, onde arderam 9302 hectares, o correspondente a 10,4% da área protegida, e o Parque Natural do Douro Internacional, onde os incêndios consumiram 9199 hectares (10,6% da área protegida).