Governo demite diretor da PSP e nomeia comandante da Unidade Especial para o cargo
O Governo exonerou, esta segunda-feira, José Barros Correia, diretor nacional da PSP desde setembro de 2023. O superintendente chefe garante que sai por "exclusiva iniciativa" da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco. Luís Carrilho, até agora comandante da Unidade Especial de Polícia, é o sucessor.
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"Esta decisão de indigitação surge no âmbito da reestruturação operacional da Polícia de Segurança Pública, quer no plano nacional, quer no plano da representação institucional e internacional desta força de segurança pública", justifica, em comunicado, o Ministério da Administração Interna, sem explicitar o porquê de tal ter implicado a demissão de José Barros Correia, nomeado pelo anterior Governo.
Numa missiva interna a todo o efetivo da PSP, a que o JN teve acesso, o superintendente chefe atribuiu o seu afastamento à "exclusiva iniciativa" de Margarida Blasco, adiantando que, ao fim de cerca de 40 anos de serviço, vai agora passar à situação de pré-aposentação. A exoneração foi comunicada a José Barros Correia pelas 18.45 horas desta segunda-feira.
"Exorto-vos para que continuemos, com todo o nosso profissionalismo, dedicação e entrega à causa pública, a cumprir a nossa importante missão e a merecer a confiança dos nossos cidadãos, que connosco podem contar, sempre", apela, na mensagem, aos polícias.
No comunicado emitido ao início da noite, o Governo "agradece ao diretor nacional cessante, José Barros Correia, a elevação institucional, o profissionalismo e a entrega abnegada à missão do serviço público que desenvolveu".
Contactada pelo JN, fonte oficial do Ministério da Administração Interna escusou-se a adiantar mais detalhes sobre esta substituição na cúpula da PSP.
Luís Carrilho, superintendente, liderava a Unidade Especial de Polícia desde 26 de outubro de 2023. Antes fora, durante um ano, chefe do serviço de segurança da Presidência da República. No estrangeiro, foi comandante da Polícia das Nações Unidas em três operações de missões de paz: República Centro-Africana, de 2014 a 2016; no Haiti, de 2013 a 2014; e em Timor-Leste, de 2009 a 2012.