Montenegro lançou em 60 dias medidas para saúde, habitação, imigração e IRS jovem. Estratégias para Orçamento são incógnita mas Marcelo espera Governo duradouro.
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Em dois meses de Governo minoritário e às portas de umas eleições europeias, Luís Montenegro jogou como trunfo uma mão-cheia de planos, desde a saúde à habitação, passando pelo IRS jovem ou pela imigração. Determinado a governar sem acordos e sem maioria, escudou-se no Conselho de Ministros, enquanto a AD não consegue fazer aprovar no Parlamento as suas propostas, apontando o dedo às chamadas coligações negativas entre PS e Chega, que o centrista Paulo Núncio batizou de “cheringonça”. Pedro Nuno Santos devolveu a responsabilidade e acusou Montenegro de ignorar o Parlamento e a Oposição para governar por decreto.
A apresentação de novas estratégias acentuou-se na campanha oficial das europeias, com destaque para o plano de emergência na saúde, que Montenegro prometeu para os primeiros 60 dias, apostando numa bandeira do PS, que escolheu precisamente a ex-ministra Marta Temido para as eleições de 9 de junho.