A maioria dos líderes partidários não têm dúvidas que o presidente da República vai convidar para chefiar o Governo quem vencer as eleições legislativas do próximo dia 18, mesmo sem que esteja garantida uma maioria de apoio, como aconteceu nas eleições do ano passado.
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Esta manhã, no debate das rádios transmitido pela TSF, Antena 1, Renascença e Observador, Luís Montenegro (AD), Pedro Nuno Santos (PS), André Ventura (Chega), Rui Rocha (Iniciativa Liberal), Paulo Raimundo (CDU), Rui Tavares (LIVRE) Mariana Mortágua (Bloco de Esquerda) e Inês Sousa Real (PAN) anteciparam a posição de Marcelo Rebelo de Sousa. Apenas Rui Tavares colocou reticências, lembrando uma notícia do Expresso, dando conta que o presidente quer garantias prévias de estabilidade parlamentar, que não foi desmentida.
A discussão dos resultados eleitorais não trouxe novidades. Luis Montenegro voltou a apelar ao voto útil na AD para ter maioria, tal como Pedro Nuno Santos, para ganhar as eleições. André Ventura criticou uma eventual segunda nega da AD a uma coligação com o Chega, “que permitiria uma maioria de Direita”, enquanto Rui Rocha não assumiu um possível acordo com a AD em caso de vitória, limitando-se a dizer que a Iniciativa Liberal “assumirá as suas responsabilidades”.
Mariana Mortágua defendeu que a estabilidade só será possível com um entendimento que permita uma maioria, de forma a levar a cabo políticas que resolvam o problema das pessoas, destacando várias vezes a habitação e o limite do preço das rendas.
Paulo Raimundo, apesar das críticas ao PS, por ter viabilizado o orçamento de Estado da AD, acha que é possível a repetição do quadro de 2015, com a “geringonça” que uniu os partidos de esquerda no Governo.
Rui Tavares alertou para o “perigo” da maioria absoluta da Direita, que pretende “alterar a Constituição” e Inês Sousa Real mostrou-se disponível para se juntar a um dos possíveis partidos vencedores – AD ou PS – desde que os valores defendidos pelo PAN sejam salvaguardados, reconhecendo, no entanto, que tal será muito difícil com a AD.