O Governo defendeu, esta quarta-feira, a ampliação da área florestal de domínio público, através da identificação das terras sem dono conhecido, rejeitando qualquer intenção de privatizar a floresta portuguesa, nomeadamente o Pinhal de Leiria.
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"Nos próximos anos a floresta pública irá aumentar a sua expressão face ao que existe hoje", afirmou o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, indicando que atualmente o Estado é apenas proprietário de 2% da floresta em Portugal.
No âmbito de uma reunião extraordinária do Conselho Florestal Nacional, que decorreu em Lisboa com todas as entidades públicas e privadas que interagem no setor florestal, o ministro Luís Capoulas Santos disse que o Sistema de Informação Cadastral Simplificada, que está já a ser implementado como projeto-piloto em dez municípios afetados pelos incêndios e que se prevê que seja depois alargado a todo o país, vai permitir "identificar o património sem dono conhecido que, uma vez identificado, passará para a esfera pública e irá ampliar a floresta pública".
"O Governo não tem a mínima intenção de privatizar a pouca floresta pública que existe, pelo contrário, temos intenção de ampliar a floresta pública em Portugal", reforçou o governante.