Atualização para 2023 engloba um aumento da retribuição mínima de 705 para 761,58 euros, um acréscimo de 52,11 euros para ordenados até 2600 euros brutos e uma subida de 2% para vencimentos superiores.
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O governo vai propor uma valorização global do salário da Administração Pública para 2023 de 5,1%. Esta atualização engloba um aumento da retribuição mínima de 705 para 761,58 euros, um acréscimo nominal de 52,11 euros para ordenados até 2600 euros brutos e uma valorização de 2% para vencimentos superiores, segundo a proposta do executivo a que o Dinheiro Vivo teve acesso esta segunda-feira, durante uma reunião com a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, que antecedeu a ronda negocial com os sindicatos da Função Pública.
Isto significa que mais de 87% dos trabalhadores do Estado, ou seja, mais de 645 mil funcionários dos 741 698, postos de trabalho existentes, vão receber abaixo da inflação prevista para este ano, de 7,7%, segundo o Conselho de Finanças Públicas, ou de 7,4%, de acordo com as estimativas do governo.
Os escalões de rendimentos mais baixos terão uma atualização salarial de 10% e 8% abrangendo 165 mil trabalhadores. Ou seja, quem recebe neste momento 705 euros e 709 euros vai ter direito a um aumento de 56,58 euros e de 52,58 euros, respetivamente, de forma a atingir os 761,58 euros.
A partir desta posição e até aos 2600 euros brutos mensais, todo os trabalhadores terão um aumento nominal de 52,11 euros. Pelas contas do executivo, até aos 1000 euros, a subida da base remuneratória corresponde a um aumento superior a 5,5%, abrangendo um terço dos funcionários públicos (260 mil trabalhadores).
Cerca de 59% dos funcionários públicos terão um aumento igual ou superior a 3,5%, segundo o governo.
A partir dos 2600 euros brutos mensais, a atualização salarial será de 2%.