O Ministério da Saúde volta à carga com a intenção de alargar de 1900 para um número até 2500 as listas de utentes dos médicos de família que trabalham em zonas com grandes carências de profissionais.
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Para isso, acena-lhes com o pagamento de incentivos financeiros, à semelhança do que já acontece nas Unidades de Saúde Familiares de modelo B (USF-B), onde os médicos recebem mais dinheiro se aceitarem mais utentes.
Atualmente, há mais de um milhão de pessoas sem médico de família, sendo que só na Região de Lisboa e Vale do Tejo são 811 946 e no Algarve, outra das zonas mais carenciadas, são 116 645, segundo dados enviados ao JN. Na última vez que esteve no Parlamento, a 11 de março, o ministro Paulo Macedo disse querer dar médico de família a meio milhão de pessoas até ao fim da legislatura.
O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, reagiu à notícia do JN e considerou impossível aumentar o número de utentes por médico de família até aos 2500, considerando que acompanhar listas de 1900 pessoas já é demais.
O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Jorge Roque da Cunha, considerou, esta quinta-feira, "uma indignidade" o número dos utentes que não têm médico de família em Portugal, mostrando-se disposto em colaborar com o Governo numa solução transitória, apesar de achar que os 1900 utentes atribuídos a cada médico, atualmente, estão perto do número ideal.
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